terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Slow Food



Tenho lido um bocado e pesquisado sobre algo que achei muito bacana e que quero compartilhar. Alguns de vocês já devem ter visto na lateralzinha do Blog um link pra Slow Food Brasil. Talvez (ou não) isso tenha gerado alguma curiosidade e, quem sabe, tenham ido lá conferir. Espero, honestamente, que sim. Se não, tudo bem...vou tentar explicar um pouco pra quem de repente nunca tiver ouvido falar a respeito.
Esse termo Slow Food nasceu na Itália, tipo década de 80, por um jornalista chamado Carlo Petrini. Na verdade a motivação inicial foi quando, em plena Piazza Spagna (Roma) foi inaugurado um Mc Donald´s. A partir daí houve uma série de discussões a respeito do quanto essa padronização e massificação do sabor de certo modo emburrecia a todos porque não estimulava nem a criatividade, nem a saúde, nem o convívio, nem o processo todo envolvido com o alimento.
O foco do movimento Slow Food é pela busca do alimento fresco, das receitas caseiras, do produtor natural. A alimentação como  parte de um processo onde a convivência é estimulada, onde as receitas de gerações são cultivadas. É um resgate, na verdade: dos aromas, dos velhos sabores, das texturas, do que significa de fato o estar alimentando-se.
Pensar em Slow Food é acreditar na Gastronomia como com liberdade de escolha, não em algo imposto. É acreditar na produção de alimentos de modo sustentável, respeitando as comunidades de onde são obtidos. É pensar na qualidade dos ingredientes primários, mas também na biodiversidade e nos métodos de cultivo respeitando questões sazonais e regionais inerentes a cada região. É pensar que as comunidades têm que ser respeitadas em suas individualidades e ser respeitadas dentro de seu contexto histórico, social, artístico. É ver o consumidor, como diz o próprio Manifesto da Slow Food, como um Co-Produtor porque o consumo viabiliza a produção (e ambas estão intrínseca e definitivamente interligadas).
Pensar em Slow Food não é nem, necessariamente, uma questão de rapidez no consumo, no ato de comer em si (embora, claro, também para o ato de alimentar-se o comer devagar seja mais saudável). É, antes, uma questão de imaginar o processo de obtenção do alimento como uma cadeia de eventos que precisam ser respeitados. É preciso, como se diz por lá, que o alimento seja BOM, LIMPO e JUSTO em todas as suas etapas: é o pequeno produtor sendo tratado de modo justo, recebendo o pagamento justo pelo que produz. É o alimento sendo produzido com limpeza, sem agrotóxicos, sendo processado e transportado de maneira adequada e sem prejuízo tanto ao ecossistema quanto à saúde humana. É, claro, também o alimento gostoso, estimulante aos sentidos, fresco, porque isso de que comida pra ser saudável tem que ser ruim é coisa de má prática gastronômica.

5 comentários:

  1. Sou a favor de se comer bem devagarzinho, principalente tira-gosto, bebe rápido-come devagar este sempre foi meu lema, hehehe...brincadeiras à parte, considero um movimento inteligente e inspirador e, claro, puxo este saco todo porque nasceu na Itália, háháhá, hoje estou meio histérica

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  2. Fofo, escreve este teu blog com letrinhas maiores, tem pena de gente como eu que às vezes L~e à noite, no quarto escuro enquanto o filho dorme (não é o caso agora, mas acontece...)

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  3. Acho ótimo o movimento, mas adoro o Mc lanche feliz!!!! Principalmente quando vem brindes!!!!rsrsrsrsrsr

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  4. Muito bom e esclarecedor o texto sobre slow food, nada como parar a pressa dos grandes centros urbanos, cada vez mais "invadidos" por fast food, e até mesmo junk food!!!!

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